EVITE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

COBRAS

 

Bothrops jararaca 

 

Popularmente conhecida como Jararaca, esta espécie tem colorido muito variável desde tons castanho claros até coloração quase que completamente preta, mas são característicos os desenhos semelhantes a “V” invertido ou gancho de telefone. Têm corpo delgado medindo aproximadamente 1 metro. Ágil, sobe com facilidade em arbustos e telhados baixos. Têm grande capacidade adaptativa, ocupando e colonizando áreas silvestres, agrícolas, suburbanas e até urbanas.

  Urutu 

 

Conhecida como urutu-cruzeiro ou cruzeira, é uma serpente muito temida talvez por ser uma das maiores produtoras de veneno do gênero. É um animal corpulento, que pode ultrapassar 1,5 m de comprimento. Coloração marrom escuro com manchas dorso-laterais em forma de ferradura ou gancho de telefone, castanho-escuras bordejadas de amarelo-esbranquiçado. Vive nos campos e outras áreas abertas e pedregosas.

  Bothrops jararacussu

Chamada de jararacussu, esta é talvez a espécie mais importante do gênero, muito corpulenta, chegando a atingir 1,8m de comprimento. É sem dúvida a espécie que produz maior quantidade de veneno e o inocula. O colorido apresenta diferenciação dependendo da idade e do sexo do animal. Quando jovens, possuem coloridos em tons castanhos, que evolui nos adultos geralmente para manchas pretas sobre fundo amarelo no caso das fêmeas e sobre fundo castanho nos machos. Estes apresentam tamanho menor que as fêmeas.

Bothrops neuwiedi

Tem nomes populares como jararaca-pintada, jararaca-de-rabo-branco, boca-de-sapo, rabo-de-osso e tirapéia. Trata-se de serpentes de pequeno a médio porte, dificilmente ultrapassando um metro de comprimento. Muito ágeis e agressivas. Embora pequenas, produzem um bom número de acidentes.

Crotalus Cascaveis

As serpentes deste gênero pertencem à família Viperidae. São terrestres, robustas, pouco ágeis, coloração marrom-amarelada, mede aproximadamente 1m. São conhecidas como cascavel, boicininga, maracambóia, maracabóia e cascavelha. Sua característica marcante é a presença do guiso ou chocalho no extremo da cauda, que nada mais é do que vestígios das trocas de pele. São animais que preferem áreas abertas, campos, regiões áridas e pedregosas. O gênero Crotalus está representado no Brasil por apenas uma única espécie, Crotalus durissus, com algumas subespécies. O acidente crotálico é responsável por cerca de 10% dos acidentes ofídicos no Brasil.

 Corais

Possui a cabeça preta com faixa transversal branca. Seu padrão de coloração inclui anéis pretos margeados por anéis brancos e intercalados por anéis vermelhos. É uma das espécies mais comuns nas regiões Sul e Sudeste, principalmente no litoral. Seu tamanho médio encontra-se entre os 50 cm (machos) e 60 cm (fêmeas).

Falsa coral

Padrões de coloração muito parecidos com as corais verdadeiras com a diferença de não fecharem os anéis sob seu ventre e possuírem outro tipo de dentição.

 

Medidas a serem tomadas em caso de acidentes:
  • Não amarrar o membro acometido, fazendo torniquete ou garrote, pois isso dificulta a circulação do sangue podendo produzir necrose ou gangrena e não impede o veneno de ser absorvido.
  • Não se deve cortar o local da picada. Alguns venenos podem inclusive provocar hemorragias e o corte aumentará a perda de sangue.
  • Não chupar o local da picada, pois não se consegue retirar o veneno do organismo após a inoculação. A sucção pode piorar as condições do local atingido.
  • Lavar o local da picada somente com água e sabão.
  • Não colocar substâncias no local da picada, como folhas, querosene, pó de café, pois elas não impedem que o veneno seja absorvido, pelo contrário, podem provocar infecção.
  • Evitar que o acidentado beba querosene, álcool ou outras bebidas, pois estas além de não neutralizarem a ação do veneno, podem causar intoxicações.
  • Manter o acidentado em repouso. Se a picada tiver ocorrido no pé ou na perna, procurar manter a parte atingida em posição horizontal, evitando que o acidentado ande ou corra.
  • Levar o acidentado o mais rapidamente possível a um serviço de saúde. O soro é o único tratamento eficaz no acidente ofídico e deve ser específico para cada tipo (gênero) de serpente.
Como prevenir acidentes com ofídios?
  • Não andar descalço;
  • Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer;
  • Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras;
  • Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos;
  • Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção; manter sempre a calçada limpa ao redor da casa;
  • Controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade: ao lado dos outros problemas de saúde pública, a diminuição do número de roedores irá evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam;
  • Não deve ser feito o manuseio de serpentes vivas. Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por descuido ou inabilidade há o risco de ferimento nas presas venenosas;
  • Proteger os predadores naturais de serpentes como as emas, as siriemas, os gaviões, os gambás e cangambás.
Existe alguma época do ano em que os acidentes por animais peçonhentos ocorrem com maior freqüência?

Sim, a época de calor e chuvas é a mais propícia para a ocorrência dos acidentes pois é quando os animais estão em maior atividade, coincidindo com o período de plantio e colheita agrícola. No inverno o número de acidentes diminui bastante.

Quais são os sintomas de uma pessoa picada por serpente?

No caso de um acidente por jararaca, a região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada, além de sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal. Na picada por cascavel, o local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla são os manifestações características, acompanhadas por dores musculares generalizadas e urina escura. O acidente por coral-verdadeira não provoca no local da picada alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.

ARANHAS Loxosceles sp. (Aranha Marrom) 

            Conhecidas popularmente como aranhas-marrons, constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de parede, roupas, sempre ao abrigo da luz direta. Possuem corpo revestido por pelos curtos e sedosos, de cor variando em tonalidades de marrom esverdeado até avermelhado. Podem atingir de 1 cm de corpo até 3 cm de envergadura de pernas. São pouco agressivas, de hábitos noturnos e geralmente picam quando comprimidas. Os sintomas da picada são de dor pouco intensa ou despercebida. Após 12 à 24 horas pode surgir dor no local com inchaço, mal-estar geral, náuseas e as vezes febre, podendo evoluir para necrose local.
               

Vitalius sp. (Caranguejeira)

            As famosas caranguejeiras assustam pelo seu tamanho, mas seu veneno não é tóxico para humanos. Algumas pessoas as têm como animal de estimação, mas isso não é recomendado. Apesar de não terem um veneno muito tóxico, estas aranhas possuem a região dorsal do abdômen revestido por pelos (cerdas) urticantes. Quando se sentem ameaçadas as caranguejeiras podem raspar as patas traseiras no abdômen e liberar estes pelos, que podem atingir os olhos, causando lesões, ou a pele, provocando irritação e  coceira.          

  Phoneutria sp. (Aranha Armadeira)

São conhecidas popularmente como aranhas-armadeiras, são agressivas levantando os dois pares de pernas dianteiras e apoiando nas traseiras mostrando as manchas listradas abaixo das pernas como sinal de advertência. Podem atingir de 3 a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura. São animais errantes (não se fixam num mesmo ambiente) e não constroem teias geométricas. Os acidentes ocorrem com frequência dentro das residências quando elas entram procurando abrigo, principalmente em calçados.

Sintomatologia:
  • Dor local e generalizada pelo membro atingido;
  • Pulso rápido, febre e sudorese, principalmente na nuca;
  • problemas respiratórios, vômitos, vertigens e dificuldades de acomodação visual;
  • morte por asfixia, principalmente em crianças.
Tratamento: procurar o médico ou posto de saúde mais próximo . (se for um animal mordido pela aranha deve-se procurar o médico veterinário o mais rápido possível)


            

Lycosa sp. (Tarântula de Jardim)

            É conhecida popularmente como aranha-de-grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo ou tarântula, apresentando tamanho médio de 4,5 cm. A característica que identifica as aranhas deste gênero é o desenho em formato de seta que apresentam na região dorsal do abdômen. Vivem em pastos, gramados e jardins. São ativas tanto de dia quanto à noite e não vivem em teias. Estas aranhas podem picar, mas seu veneno é pouco tóxico para seres humanos e os acidentes dificilmente necessitam de cuidados médicos.

 Escorpiões  

Tityus bahiensis (escorpião preto ou escorpião marrom) 

Se distribuem pelos Estados BA, ES, GO, MT, MS, MG, PR, RJ, RG, SC e SP, além do Paraguai e Argentina. O tamanho destes indivíduos varia de 5,5 a 7 cm. Seu nome popular deriva da coloração marrom avermelhada que apresentam. O cefalotórax e o abdome são mais escuros, e as pernas e pedipalpos possuem manchas. Na cauda, o 4° e 5° segmentos são mais escuros que os demais.

Os escorpiões se alimentam de outros animais, como baratas, aranhas, cupins e até mesmo de pequenos vertebrados. Sendo assim, manter a limpeza da casa e de seus arredores, evitando o acúmulo de lixo e entulhos, ajuda na prevenção do aparecimento de escorpiões, que podem ser atraídos pela disponibilidade de abrigo e pelos animais que fazem parte de sua dieta e vivem nestes ambientes. Aconselha-se, ainda, vedar a soleira das portas, manter os ralos fechados, sempre verificar calçados e roupas antes de vesti-los e usar luvas para manipular entulhos ou cuidar do jardim.

Em casos de acidentes recomenda-se que o local da picada seja lavado com água e sabão e, em seguida, a pessoa deve ser levada a um hospital ou posto de saúde.

  Casos de acidentes com animais peçonhentos registrados pela Unidade de Saúde de Ouro: 
  • 2008- 18 casos
  • De Janeiro à Outubro de 2009- 12 casos

EVITE ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

COBRAS

 

Bothrops jararaca 

 

Popularmente conhecida como Jararaca, esta espécie tem colorido muito variável desde tons castanho claros até coloração quase que completamente preta, mas são característicos os desenhos semelhantes a “V” invertido ou gancho de telefone. Têm corpo delgado medindo aproximadamente 1 metro. Ágil, sobe com facilidade em arbustos e telhados baixos. Têm grande capacidade adaptativa, ocupando e colonizando áreas silvestres, agrícolas, suburbanas e até urbanas.

  Urutu 

 

Conhecida como urutu-cruzeiro ou cruzeira, é uma serpente muito temida talvez por ser uma das maiores produtoras de veneno do gênero. É um animal corpulento, que pode ultrapassar 1,5 m de comprimento. Coloração marrom escuro com manchas dorso-laterais em forma de ferradura ou gancho de telefone, castanho-escuras bordejadas de amarelo-esbranquiçado. Vive nos campos e outras áreas abertas e pedregosas.

  Bothrops jararacussu

Chamada de jararacussu, esta é talvez a espécie mais importante do gênero, muito corpulenta, chegando a atingir 1,8m de comprimento. É sem dúvida a espécie que produz maior quantidade de veneno e o inocula. O colorido apresenta diferenciação dependendo da idade e do sexo do animal. Quando jovens, possuem coloridos em tons castanhos, que evolui nos adultos geralmente para manchas pretas sobre fundo amarelo no caso das fêmeas e sobre fundo castanho nos machos. Estes apresentam tamanho menor que as fêmeas.

Bothrops neuwiedi

Tem nomes populares como jararaca-pintada, jararaca-de-rabo-branco, boca-de-sapo, rabo-de-osso e tirapéia. Trata-se de serpentes de pequeno a médio porte, dificilmente ultrapassando um metro de comprimento. Muito ágeis e agressivas. Embora pequenas, produzem um bom número de acidentes.

Crotalus Cascaveis

As serpentes deste gênero pertencem à família Viperidae. São terrestres, robustas, pouco ágeis, coloração marrom-amarelada, mede aproximadamente 1m. São conhecidas como cascavel, boicininga, maracambóia, maracabóia e cascavelha. Sua característica marcante é a presença do guiso ou chocalho no extremo da cauda, que nada mais é do que vestígios das trocas de pele. São animais que preferem áreas abertas, campos, regiões áridas e pedregosas. O gênero Crotalus está representado no Brasil por apenas uma única espécie, Crotalus durissus, com algumas subespécies. O acidente crotálico é responsável por cerca de 10% dos acidentes ofídicos no Brasil.

 Corais

Possui a cabeça preta com faixa transversal branca. Seu padrão de coloração inclui anéis pretos margeados por anéis brancos e intercalados por anéis vermelhos. É uma das espécies mais comuns nas regiões Sul e Sudeste, principalmente no litoral. Seu tamanho médio encontra-se entre os 50 cm (machos) e 60 cm (fêmeas).

Falsa coral

Padrões de coloração muito parecidos com as corais verdadeiras com a diferença de não fecharem os anéis sob seu ventre e possuírem outro tipo de dentição.

 

Medidas a serem tomadas em caso de acidentes:
  • Não amarrar o membro acometido, fazendo torniquete ou garrote, pois isso dificulta a circulação do sangue podendo produzir necrose ou gangrena e não impede o veneno de ser absorvido.
  • Não se deve cortar o local da picada. Alguns venenos podem inclusive provocar hemorragias e o corte aumentará a perda de sangue.
  • Não chupar o local da picada, pois não se consegue retirar o veneno do organismo após a inoculação. A sucção pode piorar as condições do local atingido.
  • Lavar o local da picada somente com água e sabão.
  • Não colocar substâncias no local da picada, como folhas, querosene, pó de café, pois elas não impedem que o veneno seja absorvido, pelo contrário, podem provocar infecção.
  • Evitar que o acidentado beba querosene, álcool ou outras bebidas, pois estas além de não neutralizarem a ação do veneno, podem causar intoxicações.
  • Manter o acidentado em repouso. Se a picada tiver ocorrido no pé ou na perna, procurar manter a parte atingida em posição horizontal, evitando que o acidentado ande ou corra.
  • Levar o acidentado o mais rapidamente possível a um serviço de saúde. O soro é o único tratamento eficaz no acidente ofídico e deve ser específico para cada tipo (gênero) de serpente.
Como prevenir acidentes com ofídios?
  • Não andar descalço;
  • Olhar sempre com atenção o local de trabalho e os caminhos a percorrer;
  • Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem, nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras;
  • Tampar as frestas e buracos das paredes e assoalhos;
  • Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção; manter sempre a calçada limpa ao redor da casa;
  • Controlar o número de roedores existentes na área de sua propriedade: ao lado dos outros problemas de saúde pública, a diminuição do número de roedores irá evitar a aproximação de serpentes venenosas que deles se alimentam;
  • Não deve ser feito o manuseio de serpentes vivas. Não tocar nas serpentes, mesmo mortas, pois por descuido ou inabilidade há o risco de ferimento nas presas venenosas;
  • Proteger os predadores naturais de serpentes como as emas, as siriemas, os gaviões, os gambás e cangambás.
Existe alguma época do ano em que os acidentes por animais peçonhentos ocorrem com maior freqüência?

Sim, a época de calor e chuvas é a mais propícia para a ocorrência dos acidentes pois é quando os animais estão em maior atividade, coincidindo com o período de plantio e colheita agrícola. No inverno o número de acidentes diminui bastante.

Quais são os sintomas de uma pessoa picada por serpente?

No caso de um acidente por jararaca, a região da picada apresenta dor e inchaço, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento pelos orificios da picada, além de sangramentos em gengivas, pele e urina. Pode haver complicações como infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal. Na picada por cascavel, o local da picada não apresenta lesão evidente, apenas uma sensação de formigamento; dificuldade de manter os olhos abertos, com aspecto sonolento, visão turva ou dupla são os manifestações características, acompanhadas por dores musculares generalizadas e urina escura. O acidente por coral-verdadeira não provoca no local da picada alteração importante; as manifestações do envenenamento caracterizam-se por visão borrada ou dupla, pálpebras caídas e aspecto sonolento.

ARANHAS Loxosceles sp. (Aranha Marrom) 

            Conhecidas popularmente como aranhas-marrons, constroem teias irregulares em fendas de barrancos, sob cascas de árvores, telhas e tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de parede, roupas, sempre ao abrigo da luz direta. Possuem corpo revestido por pelos curtos e sedosos, de cor variando em tonalidades de marrom esverdeado até avermelhado. Podem atingir de 1 cm de corpo até 3 cm de envergadura de pernas. São pouco agressivas, de hábitos noturnos e geralmente picam quando comprimidas. Os sintomas da picada são de dor pouco intensa ou despercebida. Após 12 à 24 horas pode surgir dor no local com inchaço, mal-estar geral, náuseas e as vezes febre, podendo evoluir para necrose local.
               

Vitalius sp. (Caranguejeira)

            As famosas caranguejeiras assustam pelo seu tamanho, mas seu veneno não é tóxico para humanos. Algumas pessoas as têm como animal de estimação, mas isso não é recomendado. Apesar de não terem um veneno muito tóxico, estas aranhas possuem a região dorsal do abdômen revestido por pelos (cerdas) urticantes. Quando se sentem ameaçadas as caranguejeiras podem raspar as patas traseiras no abdômen e liberar estes pelos, que podem atingir os olhos, causando lesões, ou a pele, provocando irritação e  coceira.          

  Phoneutria sp. (Aranha Armadeira)

São conhecidas popularmente como aranhas-armadeiras, são agressivas levantando os dois pares de pernas dianteiras e apoiando nas traseiras mostrando as manchas listradas abaixo das pernas como sinal de advertência. Podem atingir de 3 a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura. São animais errantes (não se fixam num mesmo ambiente) e não constroem teias geométricas. Os acidentes ocorrem com frequência dentro das residências quando elas entram procurando abrigo, principalmente em calçados.

Sintomatologia:
  • Dor local e generalizada pelo membro atingido;
  • Pulso rápido, febre e sudorese, principalmente na nuca;
  • problemas respiratórios, vômitos, vertigens e dificuldades de acomodação visual;
  • morte por asfixia, principalmente em crianças.
Tratamento: procurar o médico ou posto de saúde mais próximo . (se for um animal mordido pela aranha deve-se procurar o médico veterinário o mais rápido possível)


            

Lycosa sp. (Tarântula de Jardim)

            É conhecida popularmente como aranha-de-grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo ou tarântula, apresentando tamanho médio de 4,5 cm. A característica que identifica as aranhas deste gênero é o desenho em formato de seta que apresentam na região dorsal do abdômen. Vivem em pastos, gramados e jardins. São ativas tanto de dia quanto à noite e não vivem em teias. Estas aranhas podem picar, mas seu veneno é pouco tóxico para seres humanos e os acidentes dificilmente necessitam de cuidados médicos.

 Escorpiões  

Tityus bahiensis (escorpião preto ou escorpião marrom) 

Se distribuem pelos Estados BA, ES, GO, MT, MS, MG, PR, RJ, RG, SC e SP, além do Paraguai e Argentina. O tamanho destes indivíduos varia de 5,5 a 7 cm. Seu nome popular deriva da coloração marrom avermelhada que apresentam. O cefalotórax e o abdome são mais escuros, e as pernas e pedipalpos possuem manchas. Na cauda, o 4° e 5° segmentos são mais escuros que os demais.

Os escorpiões se alimentam de outros animais, como baratas, aranhas, cupins e até mesmo de pequenos vertebrados. Sendo assim, manter a limpeza da casa e de seus arredores, evitando o acúmulo de lixo e entulhos, ajuda na prevenção do aparecimento de escorpiões, que podem ser atraídos pela disponibilidade de abrigo e pelos animais que fazem parte de sua dieta e vivem nestes ambientes. Aconselha-se, ainda, vedar a soleira das portas, manter os ralos fechados, sempre verificar calçados e roupas antes de vesti-los e usar luvas para manipular entulhos ou cuidar do jardim.

Em casos de acidentes recomenda-se que o local da picada seja lavado com água e sabão e, em seguida, a pessoa deve ser levada a um hospital ou posto de saúde.

  Casos de acidentes com animais peçonhentos registrados pela Unidade de Saúde de Ouro: 
  • 2008- 18 casos
  • De Janeiro à Outubro de 2009- 12 casos